Já testei inúmeros métodos de organização e desapego ao longo dos anos, mas nunca tinha aplicado em casa um conceito originalmente criado para a indústria automobilística.
Segundo o Ideal Home, o método japonês 5S é uma adaptação de um sistema de eficiência usado em escritórios, e hoje se tornou um dos favoritos entre organizadores profissionais — e por um bom motivo.
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Os 5S (separar, organizar, limpar, padronizar e manter) ganharam espaço no mundo da organização doméstica exatamente por trazerem um processo simples, funcional e sustentável. Assim como o princípio japonês inyo-onyo, o método 5S vem conquistando adeptos por sua capacidade de transformar a rotina sem exigir grandes investimentos. Mas será que ele realmente funciona ou é apenas mais uma tendência passageira? Resolvi testar para descobrir.
Em japonês, os 5S representam: seiri, seiton, seiso, seiketsu e shitsuke — que, em tradução livre, significam classificar, organizar, limpar, padronizar e sustentar.
De acordo com o Ideal Home, a organizadora profissional Rebecca Crayford é uma das especialistas que reforçam a eficácia do método. Ela explica de forma clara o que cada “S” representa na prática:
- Classificar – agrupar itens semelhantes e descartar o que não tem mais utilidade.
- Organizar – garantir que cada objeto tenha um lugar específico e acessível.
- Brilho – limpar e revitalizar o ambiente enquanto você o organiza.
- Padronizar – criar rotinas simples para facilitar a manutenção da ordem.
- Sustentar – manter esses hábitos no dia a dia para evitar que o caos retorne.
“Gosto deste método porque ele vai além da arrumação pontual”, diz Rebecca. “É uma estrutura que facilita a organização contínua da casa.”
Eu já havia experimentado diversos métodos de organização — inclusive alguns bem conhecidos, como o método da “lagarta dissolvente”, um dos meus favoritos. Mas percebi que o 5S tem um diferencial importante: ele foi criado para durar. Não é uma arrumação única, é a construção de um sistema que funciona a longo prazo.
Testando o método japonês 5S
Decidi aplicar o método no meu escritório em casa, que também serve como quarto de hóspedes e, sinceramente, como depósito de tudo o que ainda não ganhou um lugar definitivo.
Sou grata por ter esse espaço versátil: é meu ambiente de trabalho, mas também o local onde guardamos itens temporários e permanentes. O varal aquecido e os equipamentos esportivos do meu parceiro ficam ali justamente pela falta de um lugar melhor. Porém, isso tem um preço: o cômodo vive desorganizado.
Eu realmente esperava que o 5S ajudasse a mudar isso — e ele mudou.
1. Separar
Comecei tirando tudo do lugar: juntei no centro do cômodo tudo que não tinha um espaço definido. Parece caótico, mas funciona. Ver a bagunça acumulada me obrigou a tomar decisões rapidamente.
2. Organizar
Essa etapa foi a mais desafiadora, pois eu costumava adiar para “outro dia” a tarefa de definir o lugar de cada item. Mas, motivada pela promessa de um ambiente mais calmo e funcional, persisti — e consegui colocar cada coisa no seu devido lugar.
3. Brilho
O terceiro “S” virou meu favorito. Costumo dividir limpeza e organização, mas o método me fez limpar enquanto arrumava. Isso me surpreendeu — e economizou muito tempo. Descobri que pequenas limpezas frequentes deixam qualquer ambiente mais leve.
4. Padronizar e 5. Manter
Aqui estão os passos mais difíceis. Meu escritório/quarto de hóspedes sempre se tornou bagunçado novamente em poucos dias. Mas, como o Ideal Home destaca em sua análise do método, os dois últimos “S” são justamente os que garantem a durabilidade da organização.
Para padronizar, criei uma regra simples:
tudo que parar no escritório precisa ganhar um lugar em até 24 horas. Se não encontrar um espaço, deve ser realocado para outro cômodo.
Para manter, me comprometi com pequenas sessões semanais de arrumação e limpeza.
O resultado
Estou determinada a continuar com o 5S — e confiante de que ele funcionará no longo prazo. É um método realista, eficiente e que realmente transforma a rotina.
Posso dizer com segurança que me tornei fã do método japonês 5S.
E você — vai experimentar?
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